domingo, 25 de dezembro de 2011

O que a dança ensina

O que a dança ensina.
(Martha Medeiros)
Reclamar do tédio é fácil, difícil é levantar da cadeira para fazer alguma coisa que nunca se fez. Pois dia desses aceitei um desafio: fiz uma aula de dança de salão. Roxa de vergonha por ter que enfrentar um professor, um espelho enorme, outros alunos e meu total despreparo. Mas a graça da coisa é esta, reconhecer-se virgem. Com soberba não se aprende nada. Entrei na academia rígida feito um membro da guarda real e saí de lá praticamente uma mulata globeleza.
Exageros à parte, a dança sempre me despertou fascínio, tanto que me fez assistir ao filme que está em cartaz com o Antonio Banderas, “Vem dançar”, em que ele interpreta um professor de dança de salão que tenta resgatar a auto-estima de uma turma de alunos rebeldes. Qualquer semelhança com uma dúzia de outros filmes do gênero, inspirados no clássico “Ao mestre com carinho”, não é coincidência, é beber da fonte assumidamente.
Excetuando-se os vários momentos clichês da trama, o filme tem o mérito de esclarecer qual é a função didática, digamos assim, da dança. Na verdade, o simples prazer de dançar bastaria para justificar a prática, mas vivemos num mundo onde todos se perguntam o tempo todo “para que serve?”. Para que serve um beijo, para que serve ler, para que serve um pôr-do-sol? É a síndrome da utilidade. Pois bem, dançar tem sim uma serventia. A dança nos ensina a ter confiança, se é que alguém ainda lembra o que é isso.
Hoje ninguém confia, é verbo em desuso. Você não confia em desconhecidos e também em muitos dos seus conhecidos. Não confia que irão lhe ajudar, não confia que irão chegar na hora marcada, não confia seus segredos, não confia seu dinheiro. Dormimos com um olho fechado e o outro aberto, sempre alertas, feito escoteiros. O lobo pode estar a seu lado, vestindo a tal pele de cordeiro.
Então, de repente, o que alguém pede de você? Que diga sim. Que escute atentamente a música. Que apóie seus braços em outro corpo. Que se deixe conduzir. Que não tenha vergonha. Que libere seus movimentos. Que se entregue.

Qualquer um pode dançar sozinho. Aliás, deve. Meia hora por dia, quando ninguém estiver olhando, ocupe a sala, aumente o som e esqueça os vizinhos. Mas dançar com outra pessoa, formar um par, é um ritual que exige uma espécie diferente de sintonia. Olhos nos olhos, acerto de ritmo. Hora de confiar no que o parceiro está propondo, confiar que será possível acompanhá-lo, confiar que não se está sendo ridículo nem submisso, está-se apenas criando uma forma diferente e mágica de convivência. Ouvi uma coisa linda ao sair do cinema: se os casais, hoje, dedicassem um tempinho para dançar juntos, mesmo em casa – ou principalmente em casa – muitas discussões seriam poupadas. É uma espécie de conexão silenciosa, de pacto, um outro jeito de fazer amor.
Dançar é tão bom que nem precisava servir pra nada. Mas serve.
2 de julho de 2006

sábado, 26 de novembro de 2011

Por um Natal mais feliz - GAC

Por um Natal mais feliz



SOLIDARIEDADE Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GAC) faz apelo para que parceiros doem presentes para festa de fim de ano


Mesmo com a pouca idade,eles enfrentam, todos os dias, a difícil luta contra o câncer. No entanto, quando o Natal se aproxima não é saúde o que os meninos e meninas do Grupo de Apoio à Criança Carente com Câncer (GAC) mais pedem a Papai Noel. Nas cartinhas escritas por eles, e que podem ser “adotadas” por quem quiser ajudar, bola e boneca são os itens mais desejados.
Assim como os pedidos, realizar o sonho deles é muito simples. Basta doar. Todos os anos, garotos e garotas em tratamento escrevem o que querem ganhar de Natal, geralmente roupas e brinquedos. Então, o GAC disponibiliza os desejos para voluntários, que podem concretizar os sonhos. Os presentes são entregues na tradicional festa natalina que a entidade promove desde que foi fundada, em 1997.
No evento, que este ano acontece no dia 21 de dezembro, as crianças se divertem com recreadores, familiares e Papai e Mamãe Noel. É um momento para esquecer as fragilidades causadas pela doença e celebrar a vida.


Segundo a coordenadora da instituição Etiene Brito, o Natal, depois do Dia das Crianças, é uma das datas mais esperadas pelos pacientes, a maioria carente e vinda do interior do Estado. “É muito bom ver os olhinhos deles brilhando quando abrem os presentes.” Este ano, o GAC espera receber no festejo cerca de 150 meninos e meninas, mas na organização são atendidas todos o meses quase 1.500 crianças.
A ajuda de parceiros é fundamental para a realização da festa, que sem donativos pode não acontecer. A confraternização também é importante na recuperação dos meninos. “É um momento para estar junto, olhar mais para o outro. Precisamos sempre de doações”, afirma a coordenadora.


Manter o evento, que gera tanta alegria, depende da solidariedade das pessoas e ajudar é fácil. Várias cartas já foram escritas pelas crianças e estão disponíveis no GAC a quem desejar e puder “adotá-Las”. Presentes também podem ser deixados sem destinatário determinado. Eles serão entregues aos pacientes que não tiveram condições de fazer a cartinha.
Outra forma de participar é comparecer no dia da festa, já que, segundo Etiene, um dos objetivos da celebração é a “inserção das crianças no meio social”. A troca é mútua, ela acredita. “A doação também é de amor e ao fazê-la é possível sentir a alma mais quentinha”.


O Grupo de Apoio à Criança Carente com Câncer funciona no sétimo andar do Hospital Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, área central do Recife. Mais informações: 3423-7633.

Fonte: Jornal do Commercio - 20 de novembro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Você é o que você faz


Você é o que você faz

"Se todos os que se propõem a amar entrassem em ação,
este seria um mundo muito melhor.

Diz um velho ditado que quando quisermos de fato conhecer
alguém, deveríamos estar menos preocupados com o que dizem
e mais alertas ao que fazem.

Por isso é que amar é um verbo.

O que vai no interior de nós é revelado pelo que fazemos no exterior.

Se amamos de verdade, como fazer para demonstrá-lo?

Se nos importamos de fato com nossa família, nossos filhos, como manifestá-lo?

Se de fato estamos preocupados com a fome, a pobreza, a solidão, a violência no mundo, como demonstrar essa preocupação?

Se não houver evidência tangível de nosso amor em ação, então é duvidoso que alguém nos ame.

Certa vez me sentei ao lado de um homem num avião que ficou se queixando e se
lamentando durante toda a viagem através do continente.

As aeromoças eram inúteis,

a comida era terrível,

o assento era apertado,

o filme não prestava.

Depois começou a se queixar de questões bem maiores:

o governo era corrupto,

a sociedade definhava,

as pessoas não eram de confiança, etc.

Durante nossa conversa, mencionei que meu interesse era o estudo e o
desenvolvimento do amor entre as pessoas.

E ele, bruscamente: "Fantástico! O que o mundo precisa é de mais amor",
assegurou-me.

Então, sem nenhuma pausa, acrescentou

"É bom saber que ainda existem pessoas como você e como eu que entendem isso."

Leo Buscaglia, do livro Nascido para amar

domingo, 2 de outubro de 2011

Atitudes curadoras

Atitudes curadoras



Entre os babembas, tribo da África do Sul, se uma pessoa age de forma irresponsável ou injusta, ela é colocada no centro da vila, sozinha e solta.

Todo trabalho cessa na comunidade e todos os membros da tribo - homem,  mulher, criança - se juntam num grande círculo ao redor do acusado. A seguir, cada um da tribo fala com ele, um por vez, relembrando as boas coisas que a tal pessoa tenha feito na vida. Qualquer incidente ou experiência que possam ser lembrados com algum detalhe e precisão são relatados. Todos os seus atributos positivos, suas boas ações, sua força de vontade e generosidade são declaradas  cuidadosa e minuciosamente.

Muitas vezes, essa cerimônia tribal dura vários dias. Ao final, o círculo tribal é quebrado e dá lugar a uma celebração de júbilo, e a pessoa, simbólica e  literalmente, é recebida, com boas-vindas, de volta à tribo. Como nós, que nos julgamos evoluídos, precisamos aprender para  chegarmos ao nível dessa tribo! É urgente que aprendamos a praticar atitudes  curadoras. Ninguém deve ser condenado. Ninguém faz o mal porque ama o mal.  As pessoas erram porque são limitadas, fracas, inseguras. Muitos dos nossos erros são reações ao mal que nos fizeram. A compreensão, corretamente manifesta, é um excelente instrumento de cura e restauração.


O grande segredo dessa tribo é hoje uma das verdades essenciais no processo educacional, tanto escolar como familiar. Sem uma palavra de elogio, ninguém tem forças para mudar um comportamento ou corrigir uma atitude.

Quando uma pessoa comete um erro, nada a condena mais do que sua própria consciência. O mais difícil é se perdoar, se aceitar, e redimensionar sua caminhada. As críticas não ajudarão em nada se não forem precedidas de um elogio sincero, honesto, maduro e equilibrado. A crítica pela crítica gera frustração, decepção, desânimo e tristeza. O elogio, quando verdadeiro, injeta o ânimo necessário para que se possa refazer a vida.

Acho que essa deveria ser a maior função de uma família e de uma comunidade: ressaltar os valores! Das críticas e acusações, a sociedade já se encarrega. Existem pessoas especializadas nesse ministério encardido. Mas muitos santos, seguindo a pedagogia de Jesus, especialmente em seus gestos curadores, aprenderam e praticaram o elogio como arma poderosa de cura e restauração.

O elogio não pode ser confundido com a bajulação. Elogiar é ressaltar as qualidades individuais. O elogio precisa coincidir com aquilo que a pessoa já sabe que tem e que está escondido sob a manta do erro. Não adianta querer inventar uma qualidade para elogiar. Nesse caso, esse alguém logo se percebe enganado e fecha-se ainda mais no erro. O elogio será uma linda gota de cura interior quando refletir um valor da pessoa e reanimá-la a retomar esse valor. O elogio é uma palavra de esperança ativa, concreta, possível, realizável.

Infelizmente essa é uma prática tão remota em nosso meio que muitas vezes temos medo do elogio. Quando alguém nos elogia ou elogia nosso trabalho, ficamos com um pé atrás, achando que depois desse elogio certamente virá um pedido de ajuda. Por isso, como atitude curadora, o elogio jamais deverá ser acompanhado de um pedido de favor. Unir os dois é sacrificar um deles. Agora, quando se precisa, verdadeiramente, de ajuda, primeiro deve-se fazer o pedido e então uni-lo com o elogio, para que a pessoa elogiada se sinta determinada a ajudar. Nesse caso o elogio é só uma referência a um valor que o indivíduo tem, do qual você está realmente necessitado.

do livro Gotas de cura interior - Pe. Léo, SCJ - Editora Canção Nova

sábado, 30 de julho de 2011

Gente muito importante

Um garoto de 15 anos chorava na estação de Bilbao (Espanha). Seu destino era Barcelona, mas agora não podia continuar porque lhe haviam roubado a bagagem. Ia preparar-se para ser atleta, mas seus sonhos se desfizeram ao ficar sem nada. Um guarda civil vendo seu desespero, o levou diante de seu superior: imediatamente começaram a buscar a bagagem na estação, e por todos os trens que tinham saído nas últimas horas. Por fim, encontraram o ladrão, e as bolsas apareceram. Aquele rapaz era JOSE MANUEL ABASCAL, mais tarde medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, campeão da Europa e segundo no Campeonato do Mundo de 1987. Abascal nunca mais soube daquele guarda civil, mas reconhece que, graças a ele, pôde chegar a ser um corredor importante.

Quantos milhares de exemplos encontramos assim. Pessoas que ninguém conhece, mas cuja relevância é fora do normal. Há pessoas que pensam que não são ninguém, que seu trabalho não é importante, no entanto, muitos "famosos" não seriam o que são sem sua ajuda. Alguém conhece quem deu a primeira bola para Pelé? Ou quem levou Michael Jordan, pela primeira vez, a um jogo de basquete? Quem conhece os pais de Jesse Owens? Quem colocou em Popov o gosto pela natação? Milhares e milhares de perguntas sem resposta. Milhares e milhares de exemplos de pessoas que acham que não são ninguém e, no entanto, são muito importantes.

Sabe, ninguém poderia chegar onde está, sem estas centenas de pequenas ajudas, sem estes milhares de pessoas que, aparentemente, não são ninguém. Milhares de pessoas que se preocupam em ajudar aos demais. Talvez, os demais não os conheçam: o homem é o ser mais ingrato da natureza. Talvez, alguns pensem que não são ninguém... mas são pessoas muito importantes, Deus crê assim, e Ele nunca Se esquece do que fazemos.

É por esta razão que Deus nos anima a não nos cansarmos de fazer o bem, de ajudar os demais, de servir aos outros. É verdade que muitas vezes fazemos o bem e recebemos o mal em troca. É verdade que há ocasiões em que querer ajudar parece ser algo fora de moda, mas não é assim. São aqueles que fazem o bem, que permitem que sigamos vivendo. São aqueles que ajudam os demais, que fazem com que este mundo seja habitável. Nunca nos parecemos mais com Deus do que quando ajudamos.

Gente que não se cansa de fazer o bem. Gente que vive com o único desejo de servir a Deus e aos demais no lugar em que estão. Gente que não busca "medalhas" pelo que faz. Gente que é capaz de dar seu tempo, seu dinheiro, sua vida, para ajudar os outros. Gente desconhecida. Gente muito importante. A mais importante que existe.

do livro Mais que o ouro - Jaime  Fernández Garrido

domingo, 24 de julho de 2011

Paciência

“Se precisamos ter paciência para suportar os defeitos dos outros, quanto mais ainda
precisamos para tolerar nossos próprios defeitos!” 

(Padre Pio)

Celebre a vida

Celebre a vida

No final de semana passado me aconteceu algo muito curioso: fui cercado pela morte.



Mas não do jeito que vemos em filme, com capa e foice. A morte se mostrou de uma forma muito diferente: nada menos que cinco pessoas conhecidas ou próximas faleceram entre sexta e sábado.



Quando me dei conta disso no domingo, a primeira sensação que me veio foi de tristeza.



Afinal, se iam bons amigos, pais e parentes de amigos e conhecidos. Farão falta na vida de muita gente, e algumas pessoas certamente irão demorar anos para ser recuperar da perda.



Refleti sobre isso na busca de um significado de tal coincidência e, de imediato, não encontrei.



Hoje cedo, enquanto fazia minha leitura diária, achei um texto de Sêneca que dizia “A fortuna que tira é a mesma que dá. Se alguém perto de você parte, é um sinal que era o tempo dela ir, e o seu de ficar. Não seja ingrato com a fortuna que tem. Celebre a vida”.



Isso me lembrou os rituais Polinésios de passagem, aonde a o falecimento de alguém é celebrado como uma grande festa, lembrando os bons momentos, agradecendo a oportunidade de ter vivido com aquela pessoa e de estar vivo.



No mundo ocidental, em grande parte por nossas crenças religiosas, no falecimento de uma pessoa celebramos (como na missa de sétimo dia), a morte. Nos apegamos ao fato da pessoa não estar mais aqui, da falta que nos faz e lamentamos o fim da vida dela.



Acredito que devemos respeitar e honrar a morte das pessoas. Mas acredito mais ainda que a morte é um sinal que devemos celebrar a vida.



Não estou falando em ser Polianna, ignorando a perda de quem se foi.



Mas o fato é que, um dia, todos nós partiremos deste mundo. A morte nos ajuda a lembrar isso. Mas cabe a você interpretar da forma que entender. Isso pode ser um sinal do fim.. ou de um novo começo.



Viva cada dia como se fosse o último, pois em algum momento será.



Afinal, a gente só leva desta vida a vida que a gente leva.




http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/colunista/27_PIERRE+SCHURMANN

terça-feira, 5 de julho de 2011



"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar os defeitos, pessoais e dos outros, como limitações de um ser humano que está sempre em busca do seu melhor. Ninguém erra por gosto. Os defeitos podem ser o princípio de um tempo novo, de uma história nova."

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

Seja fonte, porto, ponte, estrada, estrela, chuva e árvore

Seja...Fonte, Porto, Ponte, Estrada, Estrela, Chuva e Árvore...




Seja Fonte

Fonte de água pura e cristalina, seja água abundante para quem tem sede de amor, de carinho, de força, de apoio, de diretriz. Se você não tem nenhum motivo para ser feliz, seja feliz por ser fonte, por ser procurado por aqueles que precisam de você.



Seja Porto

Porto de chegada de almas cansadas, seja porto para aqueles que andam perdidos pelo mundo, e que precisam de um lugar tranqüilo para descansar o fardo que carregam. Para ser porto de chegada, abrace, afague, receba, dê boas vindas. Seja porto de saída, saída para quem precisar partir, despedindo-se das ilusões, das dores, dos fracassos e decepções, partindo para uma vida melhor, para isso, ajude, apóie, converse, estenda as mãos, ouça, oriente. Seja também porto seguro, para quem te ama e te precisa, porto seguro para os amigos, para a família, para quem precisar. Para ser porto seguro, esqueça o ego e pense no próximo, esqueça suas dores e amenize as dores do próximo. Esqueça sua fraqueza e se torne forte para os outros. Se você não tem motivos para ser feliz, seja feliz por ser porto, para receber aqueles que procuram por ti.



Seja Ponte

Ponte que liga a vida terrena à eternidade do céu. Para ser ponte, compreenda, perdoe e deixe as pessoas passarem por você. Para ser ponte, esteja no fim da estrada daqueles que não encontram o caminho de volta. Seja a passagem, e não o atalho, seja o caminho livre e não o pedágio. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser ponte. Ponte significa união, ligação, laços de afeição.



Seja Estrada

Estrada longa, gostosa de passear, estrada iluminada de dia pelo sol e de noite pelo luar. Seja estrada que guia, estrada que conduz a outros caminhos. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser estrada, estrada dos peregrinos da vida, estes plantarão flores aos seus pés. Seja estrada para os caminhantes do tempo, estes regarão as suas flores. Seja estrada para os andarilhos do mundo, estes poderão colhê-las, e sentir o seu perfume.



Seja Estrela

Seja a estrela que brilha no firmamento. Seja a estrela inspiradora dos poetas, dos românticos e apaixonados. Para ser estrela, ilumine os que te cercam, distribua luz gratuitamente. Seja estrela guia, estrela da sorte. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser estrela, por que as estrelas estão sempre no alto, são soberanas por que guiam os navegantes.



Seja Chuva

Chuva que molha os corações secos, vazios de amor, de esperança, de paz. Seja chuva que inunda os campos áridos, que molham os jardins, que dá vida a toda vegetação, e faz transbordar os rios. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser chuva, a chuva é sempre esperada, por que dela depende a continuidade de toda a humanidade.



Seja Árvore

Árvore que dá frutos para quem tem fome, que dá sombra e refresca o árduo calor dos caminhantes que seguem pela vida. Seja árvore que aninha, que acolhe os passarinhos, que enfeitam os quintais. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser árvore. Por que ser árvore é ter raízes sólidas e profundas. É ter braços que se alongam, que se estendem… É produzir flores para enfeitar a alma de alguém, é ser forte e enfrentar temporais. É ter suas folhas embaladas pelo vento, é ser molhada pela chuva, e acalentada pelo sol, é fazer parte da criação, como um ser único.



Ser Fonte, ser Porto, ser Ponte ou Estrada, ser Estrela, ser Chuva ou ser árvore… é servir a Deus.



http://criszingaro.blogspot.com/2010/03/sejafonte-porto-ponte-estrada-estrela.html

domingo, 3 de julho de 2011

Palavras

"Deveríamos prestar atenção ao efeito exercido pelas nossas palavras, se elas dividem as pessoas, se as prejudicam com nossas emoções negativas, ou se elas as levam a se sentirem mais puras e íntegras."

Anselm Grün
do livro Deixe as preocupações de lado e viva em harmonia


sábado, 2 de julho de 2011

Quer se relacionar bem?




…se não consegue extinguir, pelo menos diminua sua expectativa em relação aos outros. Amar, pressupõe aceitar a pessoa como ela é;
…tem algo para resolver, resolva. Não guarde, não espere o outro falar, tome a iniciativa, abra o diálogo. Não espere que o outro perceba ou interprete o que você sente. Procure e fale;
...ouça com atenção, inclusão e silêncio. Inclua o outro através de uma “escutatória” que acolha de fato o que se está dizendo. Quem só sabe falar, não está preparado para se relacionar;
…seja pródigo(a) em elogios e econômico(a)em críticas. A legitimidade para criticar vem de uma caminhada de presença e reconhecimento. E ninguém aguenta um crítico de plantão;
…aprenda com as dificuldades e defeitos, mas minimize o impacto disso, enquanto forem menores do que as virtudes. E são menores. Não deixe de aprender com sua própria dificuldade e a do outro, mas minimize;
…saiba que toda situação é transitória, tanto as boas, quanto as ruins. Sua decisão de como vai passar por ela determinará seu sucesso ou insucesso, independente da circunstância. E a busca pelo “sucesso interior” é sempre  a melhor decisão. “Não importa o que a vida fez com você, mas o que você  faz com o que a vida fez com você”;
…não lamente o passado. Aprenda, mas não faça dele um fantasma que imobiliza e assombra sua relação presente ou o presente de tua relação;
…não esconda coisas profundas de pessoas com as quais quer estabelecer relacionamentos profundos. O diabo domina as sombras, mas Jesus é o Senhor da luz. Traga as coisas para a luz, confesse, elucide, conte. Elimine a possibilidade do outro “descobrir” algo sem ser por você mesmo(a);
…considere que o futuro do pretérito e o pretérito do subjuntivo não existem e, quando os inserimos em nossas vidas, vivemos lamentado o que “poderia ter sido”. Se poderia, não foi. Se poderia, não pode mais… Afirmações como “se você tivesse”, “se você fizesse” fazem muito mal. “Se” não existe;
…emancipe o outro. Que o outro seja uma pessoa melhor por estar com você, do que seria se não se relacionasse contigo. Quer ser uma pessoa melhor, faça do outro um “outro” melhor;
…nunca se familiarize com detalhes que, apesar de detalhes, são importantes. Fale sempre: “por favor” e “obrigado”; Bastante: elogios e expressões de carinho; De vez em quando: escreva uma carta pessoal;
… seja cordial e educado(a) com todos. Trate gente como gente deve ser tratada. Qual o nome do porteiro do seu prédio, de seu vizinho, do garçom que sempre te atende? Certamente o nome de seu chefe você sabe né?! Pergunte o nome, olhe nos olhos, aperte a mão com firmeza e singeleza.
Por hoje é só!
Fabrício Cunha
http://fabriciocunha.com.br/quer-se-relacionar-bem-no-minimo/

Um acordo com a vida

Um acordo com a vida

"Não precisamos ser gratos só pelas gentilezas e os lados agradáveis da vida. Quando olho para trás sinto-me pleno de gratidão também pelos tempos difíceis, dos quais eu não via saída. Hoje, quando olho para trás, reconheço que minha vida não teria dado esses frutos se toda ela tivesse transcorrido sem dificuldades. Talvez então eu tivesse permanecido como um eterno aluno exemplar, egoísta e esforçado, mas apenas determinado pela razão e a vontade, sem uma profundidade de alma. Justamente quando olho para trás, para os tempos de insegurança, consigo reconhecer com gratidão que Deus me guiou, que Ele escolheu para mim o que era certo. As crises me ligaram ao meu coração. Para mim, sentir gratidão é estar em sintonia com aquela pessoa que me tornei. E, para mim, sentir gratidão quer dizer sentir e reconhecer uma paz profunda. Tudo está bom como está. Mas essa gratidão também é marcada pela postura da humildade. Eu sei que não posso ter ilusões sobre o que aconteceu. As coisas poderiam ter vindo diferentes. Deus me permitiu vivenciar apenas tanta escuridão e tanto caos quanto eu poderia suportar. Ele nunca me exigiu nada nem me testou para além das minhas forças. Portanto, a gratidão também me preserva do orgulho e me protege da ilusão sobre minhas próprias realizações ou minhas capacidades. Eu sei que tudo isso é um presente, um presente de Deus, mas também das pessoas a quem tenho muito a agradecer. Com elas eu aprendi a confiar na vida, e a ver Deus em tudo."

do livro Deixe as preocupações de lado e viva em harmonia - Anselm Grün

Eu agradeço por tudo que vivi!
E peço sabedoria sempre para ver Deus em tudo, em todos os momentos!

domingo, 12 de junho de 2011

Mudanças profundas e contraditórias

Mudanças profundas e contraditórias


José Manuel Moran

Professor de Comunicação, Educação e Tecnologias *
http://www.eca.usp.br/prof/moran/

As mudanças são mais profundas do que muitos imaginam a primeira vista: mexem com a organização da economia, da política, dos serviços, da educação, da comunicação. Criam-se dois mundos - o físico e o digital - que se interligam, entrecruzam e complementam de forma inimaginável poucos anos atrás e que caminham para níveis de convergência muito superiores.

Estamos conectados em redes cada vez mais ricas, audiovisuais, inteligentes. As cidades tornam-se mais digitais: todos os serviços poderão ser acessados e solucionados de qualquer lugar, com qualquer tipo de tecnologia móvel e de forma mais econômica. 

Apesar dos avanços nos costumes, na educação e nos valores, há um forte descompasso entre o avanço tecnológico e científico e o desenvolvimento pessoal e social. Temos tecnologias maravilhosas para usos relativamente banais e superficiais. É contraditório que milhões de pessoas acompanhem com atenção pessoas confinadas numa casa durante meses e que os transformem em celebridades ao menos por um tempo. Os serviços que mais crescem são os de pornografia e os de fofocas. Muitas pessoas se contentam com pouco, evoluem pouco, apesar do imenso potencial que possuem.

Quando vemos a vivacidade das crianças e o desencanto de grande parte dos adultos sentimos que algo se perdeu nessa caminhada. Que aprendemos tudo menos o principal: a gerenciar nossas pessoas, nossos grupos, nossas cidades, nossos países. Avançamos, mas podemos ir muito mais longe. A quantidade de pessoas depressivas, solitárias, desesperançadas atesta que ainda falta muito para termos uma sociedade sadia, realizada, solidária, participativa.

Estamos avançando. As novas gerações são mais inteligentes, mas crescem dentro de uma sociedade muito individualista, competitiva e que supervaloriza o ter, os bens materiais, a juventude, o corpo. A corrupção, o levar vantagem está disseminado em todas as classes sociais e fragiliza a convivência, a confiança, a esperança. Tudo aponta para uma sociedade melhor, mas não podemos esperar que isso irá acontecer por passes de mágica, por decisões de governantes messiânicos, por tecnologias avançadas.

Cada geração aprende um pouco com os erros das outras, mas continua cometendo seus próprios erros, porque todos somos muito contraditórios, cheios de tensões e insatisfações difíceis de preencher a longo prazo. 

Mesmo com tantas demandas, avançamos muito mais devagar do que se imagina pelo peso dos costumes, hábitos, valores. Nossas idéias e expectativas são também muito mais ágeis do que nossas práticas. Há sempre um distanciamento grande entre os desejos e a ação. Tendemos a repetir processos, escolhas, procedimentos, na maior parte das vezes. Só quando estamos intimamente convencidos podemos dar um salto de qualidade na aprendizagem, nas escolhas, nas práticas.

Acreditamos que somos objetivos, que percebemos com isenção e julgamos sem paixão. Mas tendemos a procurar o que confirma nossas idéias, crenças e valores, procurar consonância afetiva e sentir-nos bem com nossas escolhas. Por isso é tão importante gostar de aprender, de conhecer, porque o conhecimento é o primeiro caminho para a mudança e se constrói a partir de constantes desafios e atividades significativas, que excitem a curiosidade, a imaginação e a criatividade.

À medida que criamos um ambiente de paz dentro de nós e ao nosso redor, evoluímos pessoalmente. A paz é um processo resultante de uma síntese equilibrada de vida: integrar o conhecimento, a afetividade e a ética; encarar de forma aberta a vida em todas as suas possibilidades e limitações; encontrar espaços profissionais estimulantes, e desenvolver relacionamentos maduros e profundos conosco e com pessoas significativas.

Mostramos em cada etapa de nossa vida o que verdadeiramente aprendemos pelo grau de humanização, paz e integração que atingimos e pela força da nossa comunicação como pessoas cada vez mais abertas, confiantes e humildes. Evoluímos também pela construção de redes significativas de comunicação pessoais, grupais e sociais. Quanto mais ricas essas redes, mais chances teremos de aprendizagem e de realização  como pessoas e mais úteis nos tornaremos para os grupos e organizações aos quais nos vinculemos e para a sociedade como um todo.

A educação equilibrada, integrada de cada um de nós e a aprendizagem a conviver com uma sociedade que equilibre mais o pessoal e o social, o material e o humano nos ajudarão a avançar pessoal e socialmente, a diminuir os desequilíbrios e desigualdades e a caminhar para uma convivência mais realizadora, progressista e 
justa. Não se fará isso em poucos anos, mas nos toca contribuir neste momento para que a desigualdade diminua e a realização aumente.

Estamos num período de mudanças complexas e fortes entre formas tradicionais de organizar o mundo e outras que ainda estão em implantação e que podem levar-nos a níveis mais ricos de conhecimento, de convivência, valores e realizações. Depende de nós.

domingo, 27 de março de 2011

Acolher

"É na comunidade que o ser humano pode ser ele mesmo, sem medo e sem ter que fingir e usar máscaras, podendo assim admitir as próprias fraquezas, por mais difícil que isso seja. Não se negam as dificuldades, tampouco as diferenças, muitas vezes antagônicas, mas a aceitação do outro como é, o respeito ao outro, à sua idiossincracia, que pode, com seu pensamento tão diverso, nos enriquecer. Ao contrário de fragilizar as relações, em uma autêntica comunidade a admissão de erros e vulnerabilidades pode fortalecer a todos, porque, na verdade, todos se veem na fraqueza de cada um e se fortalecem como seres humanos. Ter essa consciência implica um grande e contínuo esforço de autoconhecimento e de humilidade para jamais criticar e julgar os outros sem antes olhar para si mesmo. Nesse sentido, quando cada um de nós é capaz de, humildemente, admitir as próprias fraquezas e defeitos, saberemos também acolher o outro como ele é."

do livro A perfeita alegria - Francisco de Assis para lideres e gestores, Robson Santarém, pág. 86


Servir

"Só assim, quando existe uma franca abertura para escutar e aprender com o outro e o sentir-se também responsável pelo outro, é possível crescer como gente. Cada um vai descobrindo os próprios talentos com a ajuda dos demais e se colocando a serviço de todos. Quando se descobre a riqueza de cada um e o imenso tesouro que somos todos juntos, não há mais motivos para  invejas, competições e outras mesquinharias."

do livro A perfeita alegria - Francisco de Assis para líderes e gestores, Robson Santarém


domingo, 20 de março de 2011

Incontinência Verbal


Incontinência Verbal



Você conhece alguém que fala mais do que deve? Você fala mais do que deve?  Já se arrependeu de ter dito alguma coisa? Pois é, sofremos de incontinência verbal.

É antigo o ditado que nos lembra de que temos uma boca e dois ouvidos. Que devemos ouvir mais e falar menos. Mas isso não é fácil.

 Dia desses, uma amiga da minha mãe ligou para ela e, ao ouvir as reclamações de que a mão estava formigando e avermelhada, disse que era urgente que fosse ao hospital, que poderia ser algo  muito grave, que o pai teve que amputar a mão em situação semelhante. A mesma amiga, em outra ocasião, ao perceber que minha mãe estava esquecida, não se conteve em dizer que provavelmente ela estava com Alzheimer. A amiga não é médica. Errou nos dois diagnósticos,  mas conseguiu deixar minha mãe profundamente preocupada. Fez por mal? Certamente não. Incontinência verbal.

 Tenho um amigo que não perde o costume de estragar surpresas. “Estão preparando uma festa de aniversário para você”. E prossegue: “Finja que não sabe de nada, só falei para não te deixar preocupado”. Preocupado? Com o quê?

 Há aqueles que fazem “fofocas cristãs”. “Eu preciso lhe contar uma coisa muita séria (e aí vem a fofoca), só contei para que você reze por ela”.

 Em momentos de briga, fala-se muita coisa desnecessariamente. Lembranças ruins do passado. Acusações bobas. “Nunca me esqueço! Faz 40 anos, mas eu nunca me esqueço de quando você me chamou de burra. Estávamos casados há um ano”. Ou ainda: “Eu o avisei, mais uma namorada que abandona você. Eu disse que as mulheres que o conhecem acabam indo embora. Só falo isso porque sou seu amigo”.

 Em uma mesa de conversa, sempre há aquele que ouviu alguma história e sem a menor preocupação com a verdade fala: “Eu ouvi dizer que fulano é caloteiro. Não quero ser injusto, não gosto de fofoca, mas me parece que ele não paga ninguém”.
 É atribuído a Sócrates um diálogo em que os seus discípulos vieram falar sobre a vida dos outros e ele perguntou, ensinando: “Vocês já passaram pelos três crivos antes de me contar?”  Os crivos são verdade, bondade e necessidade. “É verdade? Vocês têm provas? É bom? Não vão magoar ninguém?  É necessário? Tem alguma coisa a ver com a vida de vocês ou com o bem público? E os discípulos se calaram, e Sócrates voltou a falar de filosofia.

 A palavra tem poder. Que esse poder seja usado para fazer o bem. Palavras ditas sem amor podem ferir.

 Que tal pensarmos antes de falar? Que tal fazermos a experiência do ouvir mais, para aprender, e falar apenas o necessário, para ensinar?

 Gabriel Chalita ( Revista Canção Nova – março de 2011)
http://blog.cancaonova.com/gabrielchalita/2011/02/24/incontinencia-verbal/



"Quando tudo já se disse e se fez, a única mudança que pode fazer alguma diferença é a transformação do coração humano."

Joseph Jaworski, citado no livro A perfeita alegria, de Robson Santarém

sábado, 19 de março de 2011



"Quando dermos mais atenção ao que realmente importa em nossa vida, certamente viveremos melhor, mais sabiamente e faremos diferença na vida das pessoas com que convivemos e no mundo. Quando soubermos cultivar mais profundamente a espiritualidade e a simplicidade, não desperdiçando o tempo com as futilidades, e nos empenharmos para nos aproximarmos mais das pessoas, escutando-as, compreendendo-as e interagindo com atitude de diálogo e respeito às diferenças, certamente nos tornaremos mais enriquecidos em sabedoria, seremos mais plenamente humanos." 

(do livro A perfeita alegria, Robson Santarém)

A maior lua cheia dos últimos 18 anos

http://eptv.globo.com/noticias/NOT,0,0,340656,A+maior+lua+cheia+dos+ultimos+18+anos.aspx

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A educação sempre em pauta

A educação sempre em pauta


No amplo teatro, alugado especialmente para o encontro, se reuniam
autoridades de todo o estado. Discutia-se a questão de verbas para as
tantas necessidades das diversas comunidades.


Horas foram planejadas para se apresentarem as necessidades, as
estratégias de redução de gastos, a mais correta divisão dos recursos a
fim de que todas as áreas fossem bem atendidas.


Planejava-se ali o atendimento à criança, ao jovem, ao idoso, à gestante,
ao carente. Nenhum detalhe estava sendo esquecido.


As autoridades se revezavam ao microfone, falando de metas a serem
alcançadas, de trabalho sem descanso a ser realizado. Enfim, fez-se uma
pausa para um pequeno descanso.


Todos demandaram o amplo salão onde várias mesas apresentavam o lanche com
pães, doces, salgados, refrigerantes, café, água.


Entre um e outro salgadinho, os colegas aproveitavam para trocar idéias,
para cumprimentar aqueles que já haviam discursado.


Retornando ao teatro para a continuidade dos trabalhos, um dos
participantes levou um copo com refrigerante. Quase ao transpor a porta, a
senhora encarregada da recepção pediu licença e lhe lembrou, conforme
avisos afixados em vários lugares, que ele não poderia adentrar no teatro
com o refrigerante.


O homem, até então muito educado, olhou-a de cima e falou alto:


- A senhora sabe com quem está falando?


A senhora de pronto respondeu:


- Não senhor.


Ao que ele explicou:


- Pois saiba a senhora que eu sou fulano de tal, e foi dizendo o cargo que
ocupava no Estado.


Ela, ainda e sempre educada, prosseguiu:


- Muito prazer em conhecê-lo, senhor. Mas devo continuar lhe dizendo para
não entrar nas dependências do teatro com o refrigerante. Mais do que
ninguém, o senhor como autoridade de um município do nosso estado sabe o
quanto custa o patrimônio público e quanto custa para o manter.


- O senhor é encarregado de zelar pelo dinheiro do povo e dar ao povo o
melhor. O senhor, em sua cidade, zela pelas praças, pelos jardins, pelo
teatro, a biblioteca pública, o museu, as escolas. Mais do que ninguém o
senhor sabe que o dinheiro público não pode ser desperdiçado. O
refrigerante que o senhor deseja levar para o teatro pode derramar e
manchar a poltrona ou o tapete. E haverá necessidade de se gastar para a
substituição de uma ou de outro.


O homem olhou para a mulher, deu meia volta, depositou o copo de
refrigerante sobre uma mesa próxima, voltou para a entrada do teatro e
disse:

- A senhora tem toda a razão. Obrigado pela lição.


E retornou para os trabalhos com seus colegas.


***

A verdadeira humildade está em reconhecer os próprios erros, não
importando o cargo ou a função que se ocupa.


E todos podemos ser educadores, onde quer que estejamos. Podemos dar o
exemplo, fazendo. Podemos falar, demonstrando o que é correto realizar.


Sempre que falemos com educação e demonstremos bom senso no que pedirmos,
com certeza, seremos ouvidos e atendidos. É que nem sempre estamos
dispostos a realizar este trabalho e preferimos deixar passar. Com isso,
estamos perdendo uma oportunidade sem par de melhorar o mundo em que nos
encontramos.


Autor:
Redação do Momento Espírita



domingo, 23 de janeiro de 2011

Mostre-se

Mostre-se

Como foi que você acordou hoje?
Feliz como um passarinho, assoviando ou cantando uma canção?
Irritado e com dores pelo corpo pela noite mal dormida?
Dois momentos, duas situações que refletem 2 modos de vida diferente. No primeiro caso, alguém com a certeza de que o dia será abençoado e maravilhoso, mesmo com os problemas que diariamente se apresentam, o segundo, com a dúvida sobre a sua capacidade de resolver os problemas que estão se acumulando...

Troque a sua maneira de enxergar a vida, aquela mania de guardar rancor ou deixar para depois a resolução de um problema. Mergulhe de cabeça nas emoções, mostre para o mundo que você ama os seus, mas mostre principalmente para eles que esse amor existe.
Mostre-se confiante, mesmo que a confiança ainda venha lá atrás.
Mostre-se forte, mesmo que no fundo o medo ainda exista.
Mostre-se cristão e estenda a mão, mesmo que seu problema seja muito grande diante dos teus olhos, porque sempre haverá alguém com sofrimento ainda maior.
Mostre-se gentil para com todos, uma palavra é como chave que pode abrir ou fechar portas.
Mostre-se livre das farsas, não queira ser o que você não é, seja verdadeiramente simples.
Mostre-se sem medo de amar, de começar de novo, de levantar depois da queda, mostre para a vida que você é insistentemente capaz de ser feliz.

Não desista de seus sonhos por culpa disso, daquilo ou de alguém, para ser feliz, o que conta realmente é a sua determinação, por isso, mostre-se como você é, uma pessoa maravilhosa, capaz de superar-se a cada dia.

(Paulo Roberto Gaefke)