domingo, 27 de março de 2011

Acolher

"É na comunidade que o ser humano pode ser ele mesmo, sem medo e sem ter que fingir e usar máscaras, podendo assim admitir as próprias fraquezas, por mais difícil que isso seja. Não se negam as dificuldades, tampouco as diferenças, muitas vezes antagônicas, mas a aceitação do outro como é, o respeito ao outro, à sua idiossincracia, que pode, com seu pensamento tão diverso, nos enriquecer. Ao contrário de fragilizar as relações, em uma autêntica comunidade a admissão de erros e vulnerabilidades pode fortalecer a todos, porque, na verdade, todos se veem na fraqueza de cada um e se fortalecem como seres humanos. Ter essa consciência implica um grande e contínuo esforço de autoconhecimento e de humilidade para jamais criticar e julgar os outros sem antes olhar para si mesmo. Nesse sentido, quando cada um de nós é capaz de, humildemente, admitir as próprias fraquezas e defeitos, saberemos também acolher o outro como ele é."

do livro A perfeita alegria - Francisco de Assis para lideres e gestores, Robson Santarém, pág. 86


Servir

"Só assim, quando existe uma franca abertura para escutar e aprender com o outro e o sentir-se também responsável pelo outro, é possível crescer como gente. Cada um vai descobrindo os próprios talentos com a ajuda dos demais e se colocando a serviço de todos. Quando se descobre a riqueza de cada um e o imenso tesouro que somos todos juntos, não há mais motivos para  invejas, competições e outras mesquinharias."

do livro A perfeita alegria - Francisco de Assis para líderes e gestores, Robson Santarém


domingo, 20 de março de 2011

Incontinência Verbal


Incontinência Verbal



Você conhece alguém que fala mais do que deve? Você fala mais do que deve?  Já se arrependeu de ter dito alguma coisa? Pois é, sofremos de incontinência verbal.

É antigo o ditado que nos lembra de que temos uma boca e dois ouvidos. Que devemos ouvir mais e falar menos. Mas isso não é fácil.

 Dia desses, uma amiga da minha mãe ligou para ela e, ao ouvir as reclamações de que a mão estava formigando e avermelhada, disse que era urgente que fosse ao hospital, que poderia ser algo  muito grave, que o pai teve que amputar a mão em situação semelhante. A mesma amiga, em outra ocasião, ao perceber que minha mãe estava esquecida, não se conteve em dizer que provavelmente ela estava com Alzheimer. A amiga não é médica. Errou nos dois diagnósticos,  mas conseguiu deixar minha mãe profundamente preocupada. Fez por mal? Certamente não. Incontinência verbal.

 Tenho um amigo que não perde o costume de estragar surpresas. “Estão preparando uma festa de aniversário para você”. E prossegue: “Finja que não sabe de nada, só falei para não te deixar preocupado”. Preocupado? Com o quê?

 Há aqueles que fazem “fofocas cristãs”. “Eu preciso lhe contar uma coisa muita séria (e aí vem a fofoca), só contei para que você reze por ela”.

 Em momentos de briga, fala-se muita coisa desnecessariamente. Lembranças ruins do passado. Acusações bobas. “Nunca me esqueço! Faz 40 anos, mas eu nunca me esqueço de quando você me chamou de burra. Estávamos casados há um ano”. Ou ainda: “Eu o avisei, mais uma namorada que abandona você. Eu disse que as mulheres que o conhecem acabam indo embora. Só falo isso porque sou seu amigo”.

 Em uma mesa de conversa, sempre há aquele que ouviu alguma história e sem a menor preocupação com a verdade fala: “Eu ouvi dizer que fulano é caloteiro. Não quero ser injusto, não gosto de fofoca, mas me parece que ele não paga ninguém”.
 É atribuído a Sócrates um diálogo em que os seus discípulos vieram falar sobre a vida dos outros e ele perguntou, ensinando: “Vocês já passaram pelos três crivos antes de me contar?”  Os crivos são verdade, bondade e necessidade. “É verdade? Vocês têm provas? É bom? Não vão magoar ninguém?  É necessário? Tem alguma coisa a ver com a vida de vocês ou com o bem público? E os discípulos se calaram, e Sócrates voltou a falar de filosofia.

 A palavra tem poder. Que esse poder seja usado para fazer o bem. Palavras ditas sem amor podem ferir.

 Que tal pensarmos antes de falar? Que tal fazermos a experiência do ouvir mais, para aprender, e falar apenas o necessário, para ensinar?

 Gabriel Chalita ( Revista Canção Nova – março de 2011)
http://blog.cancaonova.com/gabrielchalita/2011/02/24/incontinencia-verbal/



"Quando tudo já se disse e se fez, a única mudança que pode fazer alguma diferença é a transformação do coração humano."

Joseph Jaworski, citado no livro A perfeita alegria, de Robson Santarém

sábado, 19 de março de 2011



"Quando dermos mais atenção ao que realmente importa em nossa vida, certamente viveremos melhor, mais sabiamente e faremos diferença na vida das pessoas com que convivemos e no mundo. Quando soubermos cultivar mais profundamente a espiritualidade e a simplicidade, não desperdiçando o tempo com as futilidades, e nos empenharmos para nos aproximarmos mais das pessoas, escutando-as, compreendendo-as e interagindo com atitude de diálogo e respeito às diferenças, certamente nos tornaremos mais enriquecidos em sabedoria, seremos mais plenamente humanos." 

(do livro A perfeita alegria, Robson Santarém)

A maior lua cheia dos últimos 18 anos

http://eptv.globo.com/noticias/NOT,0,0,340656,A+maior+lua+cheia+dos+ultimos+18+anos.aspx