terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Caminho para o abismo


"Muitas pessoas hoje sofrem de depressão. E  muitas já veem nos sentimentos depressivos uma doença que devem combater e dela se livrar o mais rápido possível. Mas com isso constroem para si o caminho de seu abismo. Não podemos escolher se temos uma tendência depressiva ou não. Mas quando sou depressivo, nem mesmo meu caminho para Deus passa ao lado da depressão, mas através dela. A depressão tira de mim a ilusão do meu ego, de que sempre estou de bom humor, de que posso ver tudo positivamente, de que tenho minha vida sob controle. Existe em mim um ponto vulnerável, um tendão de Aquiles. Não preciso encobri-lo nem blindá-lo. Ele é a porta de entrada de Deus. Exatamente lá eu o posso experimentar. E quando eu o experimento, quando me torno um com ele com minhas feridas, então esta experiência de unidade é ao mesmo tempo experiência de salvação. Pois ser uno é ser inteiro, ser salvo. A verdadeira cura da pessoa consiste para mim nesta experiência mais profunda. Esta experiência não podemos forçá-la. Mas podemos preparar-no para ela. Deus, porém, é sempre surpreendente. Basta contar apenas com isto, e podemos confiar em que ele se nos mostra, mesmo quando sofremos muito conosco e com nossa situação. Quando experimentamos Deus, somos um com ele. Mas, no próximo instante, sentiremos novamente sua distância. Sentimo-nos então outra vez dilacerados. Temos de viver nesta tensão: entre a proximidade e a distância de Deus, entre cura e doença, entre luz e escuridão, entre força e impotência, entre amor e vazio."

Anselm Grün
O livro da arte de viver

domingo, 26 de dezembro de 2010

O silêncio como caminho

"O silêncio é o caminho para encontrar a si mesmo e descobrir a verdade do próprio coração. O silêncio é também o caminho que nos livra do constante julgar e condenar os outros. Nós estamos sempre submetidos ao perigo de avaliar, julgar e condenar cada pessoa que encontramos. E muitas vezes encontramos a nós mesmos neste julgar e condenar o outro. O silêncio, porém, nos impede de julgar. Ele nos confronta sempre de novo conosco mesmos. Ele nos interdita o caminho de projetar nossos lados sombrios sobre os outros."

Anselm Grün
de O livro da arte de viver - Editora Vozes

sábado, 11 de dezembro de 2010

Que se fortaleçam as interações! - Setor Público

Que se fortaleçam as interações! 
O convívio e a troca de informações entre órgãos do setor público e universidades devem ser incentivados para melhorar a capacitação dos funcionários e o serviço prestado ao cidadão 

Heitor Chagas* 

Faz algum tempo que os governos vêm retomando a necessária providência de admitir pessoas por meio de concursos públicos. Ficou evidente ser preciso prover os órgãos de recursos adequados, inclusive de pessoas, nas funções e tarefas em que são insubstituíveis. São custos de pessoal que não podem permanecer supostamente reprimidos. Claro que não falo de empreguismo. Ninguém com um mínimo de senso defenderia isso. O serviço público tem uma dimensão que certa mentalidade retrógrada vem mantendo ignorada. Há que gastar dinheiro público, orçado para pagar pessoal competente. Alguns aspectos, entretanto, precisam ser reiterados pela necessária afirmação que segue sistematicamente esquecida: serviço público é serviço ao público, conforme insistia o inesquecível Ministro Helio Beltrão. Desde o mais simples servidor até o que tenha nível de formação acadêmica, com os mais elevados destaques técnicos, de qualquer dos campos do conhecimento, nenhum pode deixar de ter em seus compromissos, nem nas regras a que terão de se submeter, o objetivo fundamental de servir ao público. Servidores do público. Selecionados para isso. Admitidos por seus méritos, sem favoritismos ou outros defeitos éticos.

Acontece que às vezes ocorrem distorções. Parece que, por alguma ingênua razão, há pessoas que se arrogam direitos ou status completamente incorretos e assumem a imagem de verdadeiros potentados - principalmente quando são escolhidas para o exercício de uma chefia ou gerência. Com certeza, por serem escolhidas para tais funções, terão de ser pessoas de nível intelectual e de preparo técnico os mais adequados. Mas também de características pessoais que as credenciem a coordenar grupos, tomar decisões e garantir o atendimento respeitoso dos direitos das pessoas. Por melhor que tenha sido sua classificação no processo seletivo, não poderão assumir nenhuma atitude que as distancie dos fatos que caracterizam a realidade socioeconômica e cultural a que vão servir. A que têm de servir. Os órgãos ou entidades que as admitiram foram criados para alguma finalidade que justifique sua existência. Tal finalidade é, antes de tudo, parte do grande conceito fundador da República. É obvio: a coisa pública. O compromisso com o público, que não tem alternativa: não pode escolher fornecedor. E paga impostos para financiar o Estado que lhe deve prestar o serviço que corresponda a sua contribuição tributária.

Há, porém, algo muito mais atual a afirmar: o Brasil é um país que se renova, que continua crescendo e que incorpora a cada dia novas exigências, inclusive as não escritas. O país precisa de instrumentos que informem adequadamente aos seus servidores quais são tais novas necessidades. É preciso ajudá-los a ser melhores no desempenho de suas funções de servir. Devem ser atualizados, não apenas nos saberes acadêmicos. Eles precisam entrar em sintonia com as realidades que os envolvem. As realidades de seu público cliente, dos cidadãos contribuintes, dos cidadãos carentes de ajuda.  O que é que, de fato, há de novo ou de frequente nos últimos tempos ao redor do que se faz em uma organização pública? Há realidades que fogem ao controle dos dirigentes públicos, há fatos que não se sabe onde nasceram.

Troca de informação
Conhecer tais realidades e ficar sabendo como tratá-las é um dos deveres dos servidores e de seus dirigentes. É algo a ser tratado e transmitido em programas de treinamento ou de capacitação que os mantenham atualizados. São novas leis, são novos direitos, novas exigências e novas maneiras de relacionamento com a sociedade? Atualizar é preciso.Nem todos os conteúdos dos programas de ensino ou treinamento precisam ter origem nas novidades legais, ou das ciências, nem mesmo na ciência da administração. Mas tem de ser criada, como prática, a garantia da atualização dos servidores. Há técnicas e métodos desenvolvidos em outros lugares, outros países, outras organizações. Há as possibilidades de convívio e de troca de informações com outros órgãos e com universidades ou consultorias especializadas. Obter serviços de muito bom conteúdo de consultores de qualquer dessas origens pode ter um custo adicional. Não faz mal. É preciso saber como os fatos são enfrentados pelas inovações dos tempos mais recentes. Que se institucionalizem as interações!

Faz tempo que foram criados centros de treinamento, escolas ou universidades corporativas. O exercício das melhores técnicas de administração exigia que se instaurasse um ambiente propício à educação continuada. E não faltaram autores e executivos que dessem total apoio à idéia. Há ótimas instituições de educação continuada no ambiente da administração pública. Mas há aprendizagens necessárias que somente se darão com metodologias diferenciadas, nas quais uns ensinam aos outros o que fazem e uns aprendem com os outros que interfaces existem, ainda que indiretas, entre seu trabalho e o dos outros. É preciso incluir a busca de saber e de ter consciência sobre as interfaces, sobre a malha de relações de interdependência entre as diversas funções e as potencialidades de colaboração interna, indispensável para as melhorias necessárias ao aperfeiçoamento do atendimento às necessidades do público. As melhorias são as inovações necessárias. Essas inovações somente surgem de uma cultura interna de sinergia.

Heitor Chagas é autor de O jogo da malha - Recursos Humanos e conectividade (Editora Qualitymark), consultor da Petrobras e membro da Academia Brasileira de Ciência da Administração



http://revistamelhor.uol.com.br/textos.asp?codigo=13015

Indícios de Melhora - Setor Público

Indícios de melhora
Práticas existentes nas administrações direta e indireta e a nova geração de funcionários indicam que as avanços no setor público são inexoráveis



Ainda há muito o que fazer quando o assunto é gestão de pessoas no setor público. Alguns desafios perduram, como a descontinuidade das políticas dos compromissos e de algumas ações em função da troca de dirigentes em mudanças políticas, como lembra o diretor da Diretoria Internacional (DINT) da FGV, Bianor Cavalcanti, autor do livro O gerente equalizador: estratégias de gestão no setor público. "Nada na administração pública é muito bem feito, em termos de gestão de pessoas", diz. Mas ele não vê um cenário pavoroso. "A evolução significativa nessa área, contudo, é uma realidade que vai se impondo", acrescenta.

Em entrevista à MELHOR, o professor destaca algumas iniciativas positivas a partir da constatação de que a liderança histórica da administração federal, em matéria de inovações nos métodos de gestão de pessoas, cedeu lugar a alguns estados, como Minas Gerais e Espírito Santo, que têm se revelado muito empreendedores nesse sentido. Além disso, ele faz questão de frisar que alguns setores do governo são bem mais profissionalizados do que outros, o que tem implicações para a gestão de carreiras e funções a ela associadas, como treinamento e o desenvolvimento. "A área fazendária, por exemplo, tem um lastro profissional consolidado há muito tempo", conta, observando ainda que nas boas empresas governamentais, públicas ou mistas, assim como nas fundações, a gestão de pessoas tende a se aproximar das melhores práticas das empresas privadas. "Exemplos clássicos são a Embrapa, a Fundação IBGE e a municipal Comlurb, menos badalada, mas muito eficiente."

Para fortalecer ainda mais a opinião de que se o trabalho a ser feito em gestão de pessoas é muito e que o futuro tende a ser promissor, Cavalcanti procura ancorar suas esperanças na nova geração de funcionários desse setor, que com novos valores, exigências e expectativas, é a garantia de inovação e criatividade. "Segundo a grande filósofa Hanna Arendt, o bebê que está nascendo, neste exato momento, é nossa garantia de esperança, pois ele vai querer mudar tudo que encontrar. Será, por definição, um agente de mudança, um paladino da inovação."

A gestão de pessoas no setor público tende a se aproximar das melhores práticas das empresas privadas? O que já é muito bem feito nesse sentido nas instâncias federal, estaduais e municipais?
Certamente, guardadas as diferenças da natureza de cada uma, o setor público tende a buscar, assim como as empresas privadas, a adoção de melhores práticas de gestão de pessoas. É necessário, no entanto, termos em conta que as abordagens e os métodos para atrair, manter e desenvolver pessoas no setor público, principalmente os talentos, não necessariamente se aproximam daqueles utilizados pelas empresas privadas. A administração pública está sujeita, por exemplo, à regra constitucional do concurso público para admissão. O valor "mérito" pode ser assegurado em ambas as esferas, pública e privada, mas por abordagens e práticas distintas. As implicações das diferenças de lógica entre os setores, em relação às nossas noções de eficiência, eficácia e efetividade, geram algumas incompreensões no que diz respeito à administração pública. Nela, tais valores são aferidos com outros princípios, tais como os da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade por maneiras formalmente mais restritivas. Isso, sem esquecermos o necessário e incontornável, embora complicadíssimo, controle político sobre a administração. Nada na administração pública é muito bem feito, em termos de gestão de pessoas. A evolução significativa nessa área, contudo, é uma realidade que vai se impondo - não de forma universal e absoluta. Generalizações aqui podem ser, positiva ou negativamente, muito enganadoras.

Há muita diferença entre o que se faz nessas instâncias?
Em um primeiro corte no sentido institucional vertical, os níveis federal, estaduais e municipais apresentam desenvolvimentos muito diferenciados. É interessante constatar, no entanto, que a liderança histórica da administração federal, em matéria de inovações nos métodos de gestão de pessoas, cedeu lugar a alguns estados que têm se revelado muito empreendedores nesse sentido. Esse é o caso de Minas Gerais e do Espírito Santo, por exemplo. Em Minas, a administração desenvolveu, nos últimos anos, com bom nível de consistência, um programa de avaliação de desempenho atrelado a um sistema de indicadores de resultados e, é claro, a um sistema de recompensas. Num segundo corte, há as diferenças setoriais. Alguns setores de governo são bem mais profissionalizados do que outros, o que tem implicações para a gestão de carreiras e funções a ela associadas, como o treinamento e o desenvolvimento. A área fazendária, por exemplo, tem um lastro profissional consolidado há muito tempo. A área de segurança tem evoluído também, tanto em nível federal quanto estadual.  Em um terceiro corte, existem significativas diferenças entre as administrações direta e indireta, nos três níveis de governo. É claro que nas boas empresas governamentais, públicas ou mistas, assim como nas fundações, a gestão de pessoas tende a se aproximar das melhores práticas das empresas privadas. Exemplos clássicos são a Embrapa, a Fundação IBGE e a municipal Comlurb, menos badalada, mas muito eficiente. Na instância estadual, cito o Inea, que é o braço operacional de gestão ambiental do Estado do Rio de Janeiro. O instituto resulta de uma recente fusão de três órgãos. Os elementos de mudança estrutural, assim como aqueles relacionados a importantes revisões de processos, tais como o de licenciamento ambiental, estão inseridos no contexto de um planejamento estratégico fortemente apoiado pela definição de indicadores de desempenho e por um programa muito sensível de desenvolvimento gerencial. O investimento no capital humano é o foco irradiador das mudanças firmemente orientadas para resultados.

E quais são os maiores desafios que o gestor de pessoas enfrenta na esfera pública?
Na administração direta, creio serem as condicionantes sistêmicas que, a despeito das diferenças inerentes às diversas áreas, favorecem o tratamento padronizado. Um ministério, ou uma secretaria estadual ou municipal responsável pela gestão, estabelece centralizadamente parâmetros que podem obstaculizar soluções mais afinadas com a natureza de cada setor. Fazer política difere de fazer educação, que difere de fazer saúde que difere de fazer cultura. O ajuste fino de políticas e práticas de gestão ao caráter setorial é sempre muito difícil. Na esfera privada, os graus de liberdade são infinitamente maiores. Outro ponto digno de nota é a sempre lembrada descontinuidade das políticas, dos compromissos e das ações, associada à mudança de dirigentes ou instabilidades no provimento de recursos. Nem sempre um grande esforço de formulação é seguido pela consequente implantação e operação. É comum que estas, quando ocorrem, possam estar sujeitas a afrouxamentos ou mesmo suspensões. Com isso, os sistemas vão ganhando uma consistência entre o barro e o tijolo, suficiente para o exercício do formalismo estéril, mas imprópria para a construção mais sólida de uma arquitetura de gestão. Esses pontos pautam aquele que penso ser o maior desafio: manter motivados e comprometidos aqueles talentos que, com espírito público e competência, querem dedicar a vida ao enfrentamento dos desafios grandiosos que, em termos geográficos, setoriais e no seu conjunto, o Brasil nos oferece. Eles existem em um número infinitamente maior do que a maioria das pessoas pensa.

Voltando a comentar a troca de governantes que, em geral, vem acompanhada de uma mudança de estratégia, valores, cultura e processos. De que forma essa descontinuidade prejudica a gestão de pessoas na área pública?
Em setores e organizações menos profissionalizados, essas trocas de dirigentes podem inviabilizar, a cada rodada, o desenvolvimento do que possamos entender como um sistema de gestão de pessoas. Mas as trocas, como já disse, são desejáveis e inevitáveis. A alternância democrática do poder político implica, em alguma medida (no nosso caso, grande), a mudança de dirigentes administrativos, politicamente designados. Nas organizações públicas em que o nível de profissionalismo é maior, as mudanças mais erráticas são de certa maneira impedidas ou minimizadas por força dos grupos profissionais e dos patamares de racionalidade administrativa já alcançados. Essa força, no entanto, pode, é comum acontecer, manifestar um corporativismo reacionário a mudanças necessárias, mas que possam causar algum desconforto aos interesses investidos.  

Nas empresas privadas, fala-se muito em uma gestão de pessoas que estimule a inovação e a criatividade. Isso é possível, no entanto, nos órgãos públicos, nos quais ainda há o predomínio de um sistema hierárquico tradicional? Como desenvolver "agentes de mudança" nesse contexto?
Existem terras mais férteis, menos férteis ou mesmo pobres. Os produtos e os processos de adubação e os sistemas de plantio diferenciados têm feito milagres na produção mundial de alimentos. De fato, sistemas muito hierarquizados e centralizados geram patologias típicas do comportamento burocrático, dentre elas, a simples aversão à iniciativa própria. Inovação e criatividade, então, nem pensar. Nesses novos tempos, no entanto, os processos de "adubação dos solos áridos" já estão em bom curso. A consolidação da democracia vem tornando o cidadão/eleitor/contribuinte cada vez mais exigente. Já há quem os chame até, no meu entender impropriamente, de clientes. A cobrança crescente sobre os políticos, sujeitos à decisão de compra, digo, de voto do eleitor, desaguará crescentemente na cobrança destes sobre seus administradores, com consequências para a solução dos problemas da população. Isso é adubo para o solo pobre e gera, necessariamente, inovação, nas abordagens e nos métodos. A introdução inexorável de novas tecnologias é adubo também, e do bom. As novas gerações de funcionários, com novos valores, exigências e expectativas é a garantia indubitável de inovação e criatividade.  Segundo a grande filósofa Hanna Arendt, o bebê que está nascendo, neste exato momento, é nossa garantia de esperança, pois ele vai querer mudar tudo que encontrar.  Será, por definição, um agente de mudanças, um paladino da inovação.

Em seu livro O gerente equalizador, o senhor aborda exemplos de administradores públicos que possuem um histórico de realizações. Esses "agentes de mudança" são ou foram verdadeiros líderes? Que competências um líder no setor público precisa ter?
Possuem um histórico de realizações importantíssimas, a despeito das dificuldades de toda natureza. Para superar os obstáculos, tiveram de exercer com maestria toda a sua capacidade de liderar, de inspirar subordinados, pares e superiores a caminhar no sentido das pequenas, médias e grandes realizações, no curto, no médio e no longo prazos. Suas habilidades congregam os elementos da liderança, tais como visão, carisma e capacidade de convencer, como também habilidades no trato das questões de poder, das manifestações culturais e dos instrumentos de gestão. Meu livro identifica 32 estratégias bem-sucedidas, ditas equalizadoras, de gestão no setor público brasileiro. Para minha surpresa, o livro despertou a atenção de argentinos e canadenses, tendo sido publicado em espanhol e em francês.

O capital humano é visto hoje pelas empresas privadas como um grande diferencial competitivo. Isso ocorre também no setor público?
Creio que o Brasil está mais consciente e positivamente preocupado com seu posicionamento em termos de capacidade competitiva num mercado globalizado.

Nossa capacidade de gerar e atrair capitais, de gerar energia, de satisfazer exigências logísticas, de avançar em termos tecnológicos, comerciais e gerenciais na produção sustentável de bens e produtos, de gerar desenvolvimento e bem-estar social para nosso povo depende, em larga medida, da formulação e execução de nossas políticas públicas. Cada um de nós deve dar uma resposta a essa pergunta. Como vemos o funcionalismo público? O que esperamos dele? O que queremos dele cobrar? O quanto estamos dispostos a dar nosso apoio? Esse elemento humano representa despesa ou investimento para a geração de riqueza e a competitividade nacional? Devemos decapitar ou capitalizar o funcionário público?

http://revistamelhor.uol.com.br/textos.asp?codigo=13014

domingo, 28 de novembro de 2010

Fácil e difícil

Fácil e difícil - Drummond

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
 Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
 Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
 Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
 Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
 Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
 Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
 Fácil é dizer “oi” ou “como vai?”
Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…
 Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
 Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
 Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
 Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
 Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
 Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
 Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
 Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho…

Aprendi e decidi

Aprendi e decidi

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia, descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde; agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar alguém de "AMIGO".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, “o amor é uma filosofia de vida ”
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria tênue luz deste presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não vai iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos são somente pra fazer-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar... agora simplesmente durmo para sonhar.

Walt Disney


http://www.gabrielchalita.com.br/espacoliterario_int.php?id=16

sábado, 27 de novembro de 2010

Como Seria Se Eu o Perdesse?

"Precisamos chegar ao ponto de ver o que possuímos, exatamente com os mesmos olhos com que veríamos tal posse se ela nos fosse arrancada. Quer se trate de uma propriedade, de saúde, de amigos, de amantes, de esposa e de filhos, em geral percebemos o seu valor apenas depois da perda. Se chegarmos a isso, em primeiro lugar a posse irá trazer-nos imediatamente mais felicidade; em segundo lugar, tentaremos de todas as maneiras evitar a perda, não expondo a nossa propriedade a nenhum perigo, não irritando os amigos, não pondo à prova a fidelidade das esposas, cuidando da saúde das crianças etc.


Ao olharmos para tudo o que não possuímos, costumamos pensar: 'Como seria se fosse meu?', e dessa maneira tornamo-nos conscientes da privação. Em vez disso, diante do que possuímos, deveríamos pensar frequentemente: 'Como seria se eu o perdesse?'


Arthur Schopenhauer


http://www.gabrielchalita.com.br/espacoliterario_int.php?id=11

A morte renegada

A morte renegada


Publicado em 21.11.2010
Jornal do Commercio

Roberto Barreto Marques

Não faz tanto tempo assim a morte não se encontrava tão distante da vida, convivia com ela toda semana, todos os dias e em diversas ocasiões.

No Brasil, até meados do século XIX, os enterros eram realizados dentro das igrejas ou arredores, fazendo com que todo devoto permanecesse em contato com os mortos. Também era desejo corriqueiro, certificado em testamento, a separação de grandes somas em dinheiro para o ritual fúnebre e compra de um bom local, de preferência privilegiado, na igreja. Mesmo após a transferência dos mortos para os cemitérios públicos e distantes dos centros urbanos, a vida ainda buscava a presença da morte.

Apesar de forçada a se concentrar em um ambiente fechado e distante do cotidiano citadino, a morte ainda recebia visitas freqüentes de sua irmã, a vida, recebendo flores, velas, preces e uma pomposa edificação tumular. Nas casas, mesmo após o início do século XX, algumas famílias procuraram preservar certas práticas fúnebres (escassamente ainda verificadas em determinadas regiões do Brasil, a exemplo da cidade de Bela Vista de Goiás estudada por Déborah Borges), como o costume de tecer sua própria mortalha, preparar alguns detalhes de seu funeral, fotografar os mortos em seu ataúde e construir ou mandar fazer seu próprio caixão.
Na atualidade, segundo Norbert Elias, a morte foi levada da casa para o hospital e tratada como algo incomum e asqueroso. O "vá em paz", "descanse", "seja bem recebido nos braços do Pai" foi substituído por um "resista", "seja forte", "não diga isso... você vai ficar curado". De comum e aceitável passou-se a incomum e inaceitável. Baseado em Castells, Héctor Ricardo Leis afirma que um dos motivos deste distanciamento da vida em relação a morte está no avanço da técnica, da tecnologia, passando a idéia de que o corpo poderia durar para sempre, afinal pode-se colocar uma prótese no lugar de uma perna amputada, transplantar um fígado, um rim, enfim, prolongar a vida de diversas formas.

Portanto, na intenção de não nos lembrarmos de nossa finitude, procuramos, ao máximo, esperar o elixir da vida eterna e afastar tudo o que nos faz refletir sobre a morte. Restringimos, quando muito, a dias específicos no ano a ida às necrópoles e observamos a morte nos jornais como algo distante e legado a outros, sempre a morte do outro, a morte que não é minha, a morte que não me faz ponderar sobre meu próprio fim (mas que fim?). A vida, antes íntima da morte, passa a renegá-la.

Um exemplo específico desta rejeição pode ser percebido no discurso de ambulantes, vendedores de velas, de flores e trabalhadores autônomos do Cemitério de Santo Amaro, no Recife, quando estes são categóricos ao afirmar que o movimento vem decaindo a cada dia de finados. È o chamado tabu da morte, considerado por Antonio Motta um dos últimos tabus a ser derribado, implícito na fala destes trabalhadores.

» Roberto Barreto Marques é evangélico e estudante de ciências sociais da UFRPE

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Olhar


"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar os defeitos, pessoais e dos outros, como limitações de um ser humano que está sempre em busca do seu melhor. Ninguém erra por gosto. Os defeitos podem ser o princípio de um tempo novo, de uma história nova."

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

domingo, 7 de novembro de 2010

Olhar



"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar para os outros sem as armas que costumamos trazer escondidas no coração, pelo preconceito, pela inveja, pelo medo, pelo ciúme. Olhar para os outros como convite a nossa própria melhora."

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Olhar





"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar para si mesmo com paciência e generosidade. Às vezes é mais fácil ser generoso com os outros do que com a gente mesmo. Tem muita coisa que gostaríamos de mudar em nós que só depende de nós, mas que ainda não conseguimos. Paciência e perseverança."

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Olhar



"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar as vitórias como momento privilegiado de conquista, tão passageiro como as derrotas, que podem nos fazer melhores ou piores, desafiadores ou acomodados."

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Como jogar fora... facas e tesouras

http://colunas.epoca.globo.com/planeta/2010/11/01/como-jogar-fora-facas-e-tesouras/


Objetos metálicos podem ser perfeitamente reciclados. Isso vale para os pontudos e cortantes, como tesouras, alicates de unha e facas. Mas é perigoso jogá-los no lixo simplesmente. As lâminas, mesmo gastas ou enferrujadas, ainda podem romper o saco de lixo e ferir que for fazer a coleta. O que fazer? Para responder, convidamos Gustavo Gladzik, do Laboratório Químico e de Meio Ambiente, da Mundial.
Época: Quando devo descartar facas e tesouras?
Gustavo Gladzik: Por serem produtos de grande durabilidade, principalmente as tesouras, seu descarte depende diretamente da maneira com que são utilizados. Em uso doméstico, por exemplo, se bem cuidados, mantidos limpos, secos, afiados e lubrificados, esses produtos podem durar muitos anos.
Época: Se houver algum sistema de reciclagem ou coleta seletiva em minha casa, devo jogar facas e tesouras velhas no lixo reciclável?
Gustavo: Os materiais que compõem as facas (aço e plástico) são materiais totalmente recicláveis. Logo, na impossibilidade de devolver o fabricante, o consumidor pode descartá-lo no lixo reciclável. Lembrando que independente do que for descartado no lixo reciclável, de um pote de iogurte a uma faca, ele deve estar limpo, até mesmo para evitar odores desagradáveis e insetos.
Época: Se não houver separação, como na maior parte dos municípios do país, e eu tiver que jogar tudo junto no mesmo saco de lixo, como faço? Devo embrulhar facas e tesouras com algum jornal ou algo assim para proteger quem for fazer a coleta?
Gustavo: Se não houver coleta seletiva no município, deve-se devolver para o fabricante ou entregar em uma cooperativa de catadores. Jamais aconselhamos descartar em um lixo comum, pois são peças afiadas, de grande risco em aterros e lixões, para os catadores que normalmente lá trabalham. Sempre que houver o descarte deste tipo de materiais, independente de ser no lixo reciclável, deve-se ter os mesmos cuidados de quando descartamos vidro. Por exemplo: embrulhar em bastante jornal, se possível colocar dentro de uma caixa de papelão identificando que se trata de material cortante. Outra opção é enviar para a Mundial, se o produto for de nossa marca. O cliente encaminha seus itens para cá, ficando responsável pelos custos de correio. A Mundial após receber os produtos, realiza uma triagem separando os itens por materiais (separa os cabos das facas da lâmina, por exemplo) e envia cada tipo de material ao seu correto destino, como empresas de reciclagem.
Relembre como descartar:









(Alexandre Mansur)

domingo, 31 de outubro de 2010

Se o Seu Problema Fosse Meu, Eu o Resolveria Com o Pé Nas Costas


*Leila Navarro

Dizem que todo brasileiro é um pouco técnico de futebol e um pouco médico. No primeiro caso, porque sabe a melhor escalação para o seu time. No segundo, porque sempre tem um remedinho infalível para combater as dores alheias. Eu acrescentaria que todo brasileiro é também especialista em resolver os problemas dos outros.
Ora, não seja modesto. Basta uma pessoa começar a lhe contar o problema dela e você logo enxerga a solução. E como você é motivador! Quanto mais a pessoa se queixa, mais você se empolga com seus conselhos. No final da conversa, ela sai consolada. E você pensa: "Nossa, como é que a fulana não viu isso? Será que não enxerga nem um palmo diante do nariz?".
Incrível como você consegue ser tão efetivo, eficiente, eficaz e afetivo na solução dos problemas dos outros... Mas quando os problemas são os seus, a história é bem outra. Você fica perplexo, apavorado, choroso, revoltado, num beco sem saída. Como é difícil solucionar os impasses da gente, não?!
Isso acontece porque você, como, aliás, qualquer outro dono de problema, envolve-se emocionalmente com a situação. Uma vez envolvido, você coloca toda a sua atenção no problema e não consegue enxergar mais nada.
Experimente, então, distanciar-se da situação. Olhe-a como se ela não estivesse acontecendo com você, mas sim com um amigo. O que você vê? O que diria ao seu amigo?
"Xi, Leila, não sei se tenho sangue de barata para fazer esse tal distanciamento", talvez você diga. E se eu dissesse que o seu envolvimento tem muito a ver com a ansiedade em resolver o problema? Então relaxe! Se você não se acalmar, aí que não sai nada mesmo.
Você sabe resolver problemas ou não teria sempre uma solução na ponta da língua para dar aos outros. Você só precisa se distanciar, perceber o que está em volta do problema, identificar as possibilidades, ser flexível e agir. Faça alguma coisa, pois nada muda se você não mudar!
*Leila Navarro é coach, escritora e palestrante há mais de 10 anos, tendo consolidado, neste tempo, um forte nome no Brasil e no exterior. Ao abordar temas Comportamentais, de Liderança, Gestão de Pessoas, Vendas e Empreendedorismo, já teve suas palestras assistidas por mais de um milhão de pessoas e hoje integra o ranking dos 20 maiores palestrantes do Brasil, segundo a Revista Veja. Além disso, já ganhou por duas vezes o Prêmio dos 100 Melhores Fornecedores de RH – Categoria Palestrante do Ano (2005 e 2009). 
Para saber mais sobre Leila Navarro, acesse:

Olhar



"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar os sofrimentos como fatos inevitáveis, que agora precisam se transformar em mestres que nos ensinem a ser melhores."

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Olhar



"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar a morte com a serenidade de quem sabe por que vive. Aliás, só tem dificuldade de olhar a morte quem não aprendeu a saborear a vida. Jesus ensinou em Bethânia: "Se creres, verás a glória de Deus." (Jo 11,40)

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

Aposentadoria exige preparação para evitar problemas de saúde

Aposentadoria exige preparação para evitar problemas de saúde
quinta-feira, 21 de outubro de 2010

por Anderson Silva, com colaboração de Daniela Lessa


Passar mais tempo com a família, não se estressar com o trânsito, poder viajar em qualquer data, desfrutar de uma sessão de cinema às quatro da tarde são alguns dos prazeres de se aposentar. Perfeito, não? Mas e quando a rotina, até então considerada exaustiva ou entediante, começa a fazer falta? Sem o cuidado adequado, algumas rupturas profissionais podem levar à depressão, desencadear alcoolismo e afetar a saúde física dos indivíduos.

O alerta sobre isso é feito por especialistas da área de Psicologia do Trabalho e Recursos Humanos, que defendem que as empresas preparem seus colaboradores na fase de aposentadoria. O objetivo desse trabalho é ajudar os profissionais a descobrirem, antes de deixar suas atividades, quais perspectivas têm de trabalho, empreendedorismo, estudos e, enfim, o que podem fazer para dar continuidade ao seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Enquanto para alguns o momento de deixar o mercado corporativo é visto com tranquilidade e com a consciência de dever cumprido, para outros, esse momento é um drama. A psicóloga do trabalho Ana Fraiman comenta que nos casos em que a decisão de desligamento do profissional é tomada pela empresa, o impacto emocional da notícia pode ser péssimo. “Muitas pessoas sofrem desorganização da saúde mental e física e há os que se entregam ao alcoolismo por acreditarem não ter perspectiva de nada.”

A psicóloga explica também que homens e mulheres são afetados por essa situação de forma diferente. Os homens, em geral, reagem com a sintomática clássica: depressão, alcoolismo e, eventualmente, doenças cardíacas. As mulheres, por sua vez, são mais atingidas emocionalmente e são mais propensas a tentar voltar ao mercado de trabalho.

Com objetivo de reduzir o impacto da mudança de estilo de vida que o desligamento profissional representa, algumas empresas adotam planos de preparação de aposentadoria. Segundo, Ana essa medida é mais comum em companhias com áreas de Recursos Humanos bem estruturadas. No entanto ela acredita que essas ações poderiam ser mais difundidas, uma vez que trariam benefícios para a corporação e para o colaborador.

O benefício para ambos decorre do fato da pessoa, mesmo prestes a se aposentar, continuar motivada e consciente de que é útil e que sua experiência é valorizada. Assim, ela produz mais e a empresa mantém seus níveis de atividade. Ana observa, ainda, que além das empresa que simplesmente não adotam nenhum programa preparatório, há as que pressionam o colaboradores mais veteranos a acelerarem seu desligamento, normalmente com efeitos mais traumáticos para o profissional.

Vida na Maturidade

O apoio à aposentadoria está vinculado a uma política de RH que promova um ambiente saudável na empresa. Segundo a responsável pela Inteligência de Mercado na DBM Brasil, Caroline Pfeiffer Marinho, as organizações que procuram a consultoria para a implantação desse tipo de planos são justamente as que já têm uma gestão de pessoas mais desenvolvida.

A DBM Brasil é uma consultoria especializada em processo de transição e transformação de indivíduos, grupos e organizações. Um dos programas que oferece é o Vida na Maturidade, que consiste em oficinas e palestras visando orientar executivos para alternativas de continuidade de uma vida produtiva após se desligarem do mercado corporativo.

Caroline explica que o Vida na Maturidade é regido por três princípios: o de refletir sobre as realizações alcançadas até o momento, tomar consciência daquilo em que acredita e orientar ações para concretizar seus objetivos no futuro. O importante é que o aposentado não pense que sua vida acabou porque deixou o mercado corporativo, ao contrário ele deve perceber que há muita vida além do escritório.


Como não perder tempo com as redes sociais

Como não perder tempo com as redes sociais



* Christian Barbosa 



Há alguns anos, quando falávamos sobre redes sociais - ou mais especificamente o Orkut (que era a rede predominante na época) - a maioria das pessoas achava uma perda de tempo, que eram desnecessárias, coisa de adolescente ou apenas para diversão. Em pouco tempo, essa percepção foi totalmente alterada. 



Podemos comparar a entrada das redes sociais com a entrada do celular na vida das pessoas. No começo, muita gente jurava que nunca precisaria de um celular e que era o “fim dos tempos” ter que andar com o telefone no bolso. Hoje em dia, a grande maioria dos brasileiros não consegue mais viver sem o seu aparelho. 



As redes sociais entraram para ficar na vida das pessoas e das empresas e isso obviamente afetou o nosso tempo de alguma forma. Se usar bem essas ferramentas, você pode aproveitar os benefícios. Agora, se usar mal, vai conseguir mais um “ladrão de tempo” para se perder na sua rotina. 



Muitas empresas me questionam se devem ou não liberar o acesso às redes sociais na empresa, e digo que deve ser proibido apenas se sua empresa revista os funcionários e proíbe a entrada de celular. Caso contrário, tem de estar liberado! Rede social é parte da vida e do tempo de todo mundo, ajuda a impulsionar muitos negócios, gera networking, contrata pessoas, busca informações, ajuda a pessoa a relaxar, a se comunicar, etc. 



Na minha visão, as empresas e você precisam se preocupar como o uso consciente da ferramenta ou, do contrário, a má utilização pode matar sua produtividade por completo. Se mesmo assim achar que deve bloquear, então use um meio termo: libere nos horários pré e pós-expediente. 



Veja algumas dicas sobre como não perder tempo com as redes sociais: 



• Participe de redes sociais relevantes – Você não precisa estar em dez redes sociais, selecione as mais relevantes e que tenha o maior número de pessoas conectadas a seus objetivos. Eu participo apenas de quatro redes (atualizo pessoalmente): Twitter, Facebook, LinkedIn e Orkut. O resto não me agrega. 



• Desabilite os avisos de recados e mensagens – Configure suas redes para não ficar te avisando, apitando ou enviando e-mails a cada nova mensagem ou scrap que você receber. Se você visualizar todos os avisos, vai perder um tempo que você nem imagina e o que os olhos vêem, a curiosidade não consegue controlar, não é? 



• Tenha horários – Assim como no e-mail, nada de ficar com a rede aberta toda hora. Defina horário ou dias para atualizar e olhar suas redes. Costumo olhar minhas redes sempre de noite ou aos domingos. O twitter, quando estou na empresa, vejo três vezes por dia e olhe lá. 



• Utilize Softwares – Existem milhares de programas que ajudam você a atualizar suas redes sociais de forma simples e integrada. Recomendo o Tweetdeck, ele integra todas as minhas redes, ou seja, basta escrever uma vez para todas as redes serem atualizadas. O Echofon para Firefox também é excelente. Para celulares, existem diversos, basta dar uma pesquisada para encontrar algum com a sua cara. 



• Dica para o twitter – Como o twitter está na moda, a minha dica é: siga poucas pessoas, mas com conteúdo relevante. Se você seguir muita gente não deve estar usando o twitter como fonte de conhecimento e provavelmente ele não deve estar agregando muito valor ao seu dia-a-dia, pois acaba tendo tantas mensagens que dificilmente você vai ver. 



Redes Sociais é a invenção mais nerd que deu mais certo no mundo dos “pops”! Impossível viver sem, mas não se perca por causa dela, saiba usá-la com sabedoria e não jogue seu tempo no lixo! 



*Christian Barbosa é cientista de computação e o maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade. Abriu sua primeira empresa aos 15 anos e foi um dos profissionais mais jovens do mundo a receber o certificado da Microsoft. Fundador da Triad Consulting, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo, Christian dá treinamento e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100, e é autor dos livros A Tríade do Tempo e Você, Dona do Seu Tempo, Estou em reunião e Mais tempo mais dinheiro. 

Conheça mais do trabalho de Christian Barbosa acessando o sitewww.triadedotempo.com.br e
www.maistempo.com.br

Fonte:Jornal Carreira & Sucesso - 407ª Edição

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Olhar


"Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado:

- Olhar a vida como dom e presente a ser cultivado; como graça que precisa ser acolhida com responsabilidade e gratidão."

do livro Gotas de Cura Interior - Pe. Leo, SCJ

Adversidade


"A docilidade diante do que é adverso é sinal de maturidade emocional, de que a pessoa renunciou a qualquer pretensão de onipotência e que conseguiu reconhecer-se como pequena diante do Universo. Implica boa tolerância a frustrações e contrariedades. Pessoas imaturas reagem com raiva e revolta diante das adversidades, enquanto as mais maduras ficam apenas tristes. Aceitam que as coisas ruins também podem acontecer com elas."

Flavio Gikovate
no livro Superdicas para viver bem e ser mais feliz

Servir

"Quando você for embora deste mundo, as riquezas materiais serão deixadas para trás; mas todo o bem que tiver feito irá com você.
A vida deveria ser principalmente servir. Sem esse ideal, a inteligência que Deus lhe deu não alcança seu objetivo.
Quando serve, você esquece o pequeno eu e sente o grande Eu do Espírito."

Paramahansa Yogananda

extraído de O livro da Alma - PubliFolha